OMS alerta: 300 mil mulheres morrem anualmente por complicações na gravidez ou parto

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Organização Mundial da Saúde (OMS) revelou, no Dia Mundial da Saúde (7 de abril), que cerca de 300 mil mulheres morrem anualmente devido a complicações na gravidez ou parto, enquanto mais de 2 milhões de bebês não sobrevivem ao primeiro mês de vida, e outros 2 milhões são natimortos. Diante desse cenário, a entidade lançou a campanha “Começos saudáveis, futuros esperançosos”, com o objetivo de mobilizar esforços globais para reduzir essas mortes evitáveis até 2030.

Dados Alarmantes

✔ Mortes maternas:

  • 1 morte a cada 7 segundos (mulheres ou bebês).
  • 4 em cada 5 países não atingirão as metas de redução de mortalidade materna até 2030.
  • 1 em cada 3 países falhará em reduzir mortes neonatais.

✔ Principais causas:

  • Hemorragia pós-parto.
  • Infecções.
  • Hipertensão gestacional.
  • Falta de acesso a cuidados pré-natais e parto seguro.

✔ Desigualdades regionais:

  • 94% das mortes ocorrem em países de baixa e média renda, especialmente na África Subsaariana e no Sul da Ásia.
  • Mulheres em áreas rurais têm 3 vezes mais risco de morrer no parto do que as em zonas urbanas.

Avanços e Retrocessos

Progresso desde 2000:

  • Queda de 40% nas mortes maternas.
  • Redução de 30% na mortalidade neonatal.
  • Aumento de 21% no acesso a pré-natal.
  • 25% mais mulheres recebem assistência qualificada no parto.

Desafios persistentes:

  • 260 mil mortes maternas em 2023 (ainda inaceitáveis, segundo a OMS).
  • Falta de investimento: Apenas 42% dos países destinam verba suficiente para saúde materna.
  • Falta de profissionaisMetade das nações africanas tem menos de 5 médicos por 10 mil habitantes.

A Campanha da OMS

Objetivo: Garantir que todas as gestantes tenham:
✅ Pré-natal de qualidade (pelo menos 8 consultas).
✅ Parto assistido por profissionais treinados.
✅ Acesso a emergências obstétricas.
✅ Cuidados pós-parto (evitando infecções e complicações).

Declaração do diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom:
“Quando mães e bebês sobrevivem e prosperam, famílias inteiras se beneficiam, impulsionando economias e sociedades mais estáveis.”

Casos Reais (Para Humanizar a Matéria)

Exemplo 1 – Quênia:

  • Jane, 24 anos, morreu após esperar 12 horas por uma cesariana em um hospital sem equipamentos.
  • Solução possível: Unidades de saúde com sangue estocado e equipes treinadas poderiam tê-la salvado.

Exemplo 2 – Brasil:

  • Maria, 19 anos, perdeu o bebê por pré-eclâmpsia não diagnosticada.
  • Falta de pré-natal em regiões pobres é um dos maiores desafios.

O Que Pode Ser Feito?

✔ Governos:

  • Investir em unidades de saúde equipadas e profissionais capacitados.
  • Expandir programas como Mãe Coruja (Brasil) e SMILE (Índia).

✔ Sociedade:

  • Cobrar políticas públicas e campanhas de conscientização.
  • Apoiar ONGs como Médicos Sem Fronteiras e UNICEF.

✔ Mundo:

  • Cumprir os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS 3.1) – Reduzir mortalidade materna para menos de 70 por 100 mil nascidos vivos até 2030.

Apesar dos avanços, milhões de vidas ainda são perdidas por falhas no sistema de saúde. A campanha da OMS é um chamado urgente para que países priorizem saúde materna e neonatal — porque nenhuma mãe deveria morrer ao dar vida.

(Dados: OMS, UNICEF, Banco Mundial | Atualizado em 2024)

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