Quem é a CEO da Bluesky?

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Saiba quem é a CEO por trás do novo concorrente direto do Twitter (X).

Jay Graber, de 33 anos, é a CEO da Bluesky, rede social criada por Jack Dorsey, cofundador do Twitter. A plataforma, que ganhou mais de 1 milhão de usuários nos últimos dias, se tornou uma das principais alternativas ao X (antigo Twitter), suspenso no Brasil em 30 de novembro.

Com sede nos EUA e 7 milhões de usuários, a Bluesky viu o português ultrapassar o inglês como idioma mais usado. “Agora este é um aplicativo brasileiro”, brincou o perfil oficial da rede.

A trajetória de Jay Graber até a liderança da Bluesky

Graber nasceu em Tulsa, EUA, em 1991. Filha de um professor de matemática e uma acupunturista, sua história é marcada pelo simbolismo de seu nome em mandarim, Lantian (céu azul), dado por sua mãe como desejo de liberdade e oportunidades. Essa visão parece se alinhar à missão da Bluesky: oferecer maior autonomia digital.

Após se formar na Universidade da Pensilvânia em 2015, Graber trabalhou como engenheira de software, com passagens por projetos de criptomoedas como o zcash e startups voltadas para inovação tecnológica. Sua relação com redes sociais começou em 2019, ao fundar a Happening Inc., iniciativa que buscava conectar usuários em eventos.

No mesmo ano, Jack Dorsey anunciou a criação do Bluesky, uma ideia de rede descentralizada que daria controle aos usuários sobre suas contas e interações. Graber, que já colaborava no projeto, assumiu como CEO em 2021 com uma condição: a independência legal do Twitter. “Não se constrói um protocolo descentralizado dentro de um player centralizado”, afirmou.

A transição para um novo modelo de redes sociais

A decisão de Graber pela independência do Bluesky se mostrou acertada. Em 2022, Elon Musk comprou o Twitter, implementando mudanças que provocaram o êxodo de usuários insatisfeitos. A Bluesky, entretanto, já estava estruturada como uma corporação de utilidade pública, focada em um novo paradigma: o Authenticated Transfer Protocol (AT Protocol), que permite que usuários movam suas identidades digitais entre plataformas, como ocorre com e-mails.

“A ideia é dar mais autonomia aos usuários sobre suas identidades, dados e interações no ambiente digital”, explica Graber.

Um futuro descentralizado

Graber vislumbra um futuro em que redes descentralizadas e governança equilibrada coexistem. “Há forças que nos empurram para extremos, mas o equilíbrio entre centralização e soberania individual é essencial”, afirma.

Com investimento inicial de US$ 13 milhões de Jack Dorsey, a Bluesky se posiciona como a empresa mais bem financiada no setor, consolidando sua visão de autonomia digital como diferencial em meio às transformações nas redes sociais globais.

A plataforma surge como resposta às mudanças impostas por Musk no Twitter e ao anseio de maior controle por parte dos usuários. Graber acredita que esse modelo pode redefinir o papel das redes sociais, ampliando a liberdade e a conectividade entre pessoas ao redor do mundo.

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